quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Ás vezes.



Carta poema, a quem interessar possa...
Um dia, após ver uma linda cena de um fime que muito comoveu-me, disse a quem muito amo e admiro: " Como é possível? Como é possivel, que as mãos que compoem uma música e tiram tão belo som de um instrumento, possa ser em potencial as mesmas mãos que matam e destroem?
"Esta pessoa amada, em silêncio ficou, eu apenas verti uma pequena lágrima que nem mesmo sei se tal pessoa viu...
Porque esta carta poema? Muitos perguntarão...

Porque hoje após perder algumas de minhas preciosas horas com um total estranho,que insiste em acusar-me do que deverás não sou...
Confesso, após toda esta labuta, eu vim ao meu profile, pra colocar uma fotinha minha e alguns de meus amigos sempre reclamaram que minhas imagens embora belas não retrataram quem eu era... e minhas fotos de stúdio demonstravam uma Betânia de pele perfeita demais, maldito ou bendito efeito fotográfico...
Eu pensei: Hoje quero colocar a minha mais real foto, aquele que revele bem mais do que tenho revelado, aquela que desnude de vez esta mulher de admirável argumentação...E rodando em meio ás fotos, vi esta, que revela quem de fato é esta amiga que vos fala: Apenas e tão somente uma menina, num corpo de mulher de 39 anos...(Que completarei em 12.07, mandem meus presentinhos...rs

Eu sou apenas isto, uma menina, muitas vezes tola, infantil, ingênua, mimada, birrenta mesmo...
Resolvi fazer uma piadinha com minha própria foto e logo em seguida, deparei-me com um depoimento que uma linda criança de dez anos fez pra mim...
Eu confesso, eu não tinha lido na íntegra...(Me desculpe querida)...
Mas suas simples e generosas palavras, comoveram-me e então pensei:
Alguns conhecem-me em plenitude...Alguns sabem quem é a Beta, Bet, Bê, menina disfarçada de mulher...
É queridos, sou uma menina sim e todos que caminham comigo veêm por vezes esta menina sorrir ou chorar...
Colo pedir, beicinhos fazer...Ridículo, pode ser...
Há muitas coisas no mundo ridículas...E no entanto, simples e belas...

Sei que bem poucos lerão esta laudas virtuais...

Nem sei mesmo quem além de meus loucos, sinceros e pacientes amigos leria isto...
Contudo eu escrevo, como desabafo, como lenitivo...
Por diversas vezes entrei em crises por não saber lidar com tal instrumento virtual...
Porque meu velho pai, homem simples e sem formaçao acadêmica, ensinou-me valores eternos, entre eles a honra, a lealdade e sinceridade.
Cresci assim, sofrendo as amargas consequências de ser sempre eu mesma...
De negar-me a mentir e ou omitir fatos...
Quando lembro de tudo que sofri por ser assim, eu por vezes culpo meu velho pai...
Que parece ter-me dado uma formação pra outro planeta...
E por vezes, mesmo com muitos amigos...Sinto-me um peixe fora dágua...

Parece que minha gana de verdade sobrepoem-se á tudo mais e eu...
Que mesmo sabendo jogar, que algo sei de estratégias e sutilezas...Nego-me á jogar...Opto sempre por ser sincera...
Mas a cada dia que se passa eu percebo que é muito dificil lidar com tal mundo virtual...
E eu que uma vez exclui minha conta de orkut por não saber com isto lidar...
vejo-me como que diante de tal dilema novamente...
As pessoas mau suportam alguém sincero na vida real, imaginem na virtual...
Onde a tela fria nos resguarda...
Onde através dela podemos ferir e fazer sangrar um semelhante...
Sim, queridos, palavras ferem...
Mesmo aquelas não ouvidas, apenas lidas...
Mesmo aquelas proferidas por um total estranho...
Palavras são como ácido derramado...



Palavras têm poder...
Palavras podem nos fazer sangrar e quiça, morrer...
Este é apenas um desabafo de uma mulher ridícula que mesmo ás portas dos quarentas anos não sabe conviver com nada disso...
Não sabe ser de outro jeito...
Não sabe ter uma couraça protetora...
Não sabe entender porque alguém a quem nada fiz...Tem-me lançado inflamados dardos...
Não peço muito, peço apenas a verdade...
Embora a verdade neste caso:Seja tudo.



Sem mais.

(Resposta a algumas acusações anônimas dirigidas á mim, na Clínica da Alma)

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