quinta-feira, 7 de agosto de 2008

As Palavras.


As palavras...Sorrateiras...
Perversas...palavras...
Todas elas correm depressa...

Gostam de nos abandonar em momentos criticos...
Porque será que as palavras insistem em ser assim?

Quando mais se precisa delas, correm todas para um canto...
Um canto qualquer no coração, e lá ficam quietas...
Sem falar daquelas oprimidas, sufocadas na garganta...
Há também as escorregadias, que não ditas, escorrem junto ás lágrimas...
Ah, palavras, porque é que vocês fogem desta vil forma?
Porque não há uma única de vocês pra se dizer a quem perdeu seu amor?
Pra dizer a quem perdeu o amor de toda um vida?
Pra dizer aquela criança que não existe Papai Noel?
Porque não há uma palavra pra dizer a mãe que perdeu o filho ainda no ventre?
E nem há palavras pra dizer aquela quem o filho adulto enterrou?
Palavras curtas, longas, sonoras ou esquisitas...

Vocês são todas inúteis...Todas vãs e estúpidas...
Vocês são fracas, são pequenas...Não estacam nenhuma dor...
Eu queria nas madrugadas todas me perder...

e me perder e encontrar, na loucura de uma de vocês encontrar.
Qual de vocês, palavras eu usuaria?

Lamento?Calma?Confie?
Ah, palavras odeio todas vocês...
Nem mesmo em conjunto vocês nos acalentam! Malditas!
Eu sinto muito! Me perdoe! Vai passar!
Tenha esperança!
e sua ridicula prima: TENHA Fé!!
Vão a puta que pariu!

Todas vocês palavras débeis!
Morram pressas ás regras da patética gramática!
Talvez em alguns momentos salvem-se os palavrões, eles ao menos não são cínicos nem pretensiosos!
E por vezes aliviam insanas emoções.
Antes que eu me esqueça: Palavras: FODAM_SE!!
Vocês pra nada servem, vis, covardes, cegas!

(Quando entendi que a loucura é a melhor forma de ser lúcido)




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