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sábado, 4 de dezembro de 2010

Nunca Te Vi, Sempre Te Amei




Este final de ano, minha amiga Kátia Celeiros do Literatura Mundana criou uma série de postagens revisitando seu passado, especialmente amigos. E dedicou uma postagem pra mim, (Algo que surpreendeu-me deveras) pois ela conseguiu de fato sintetizar bem nossa amizade.
Lendo uma outra postagem intitulada: "Amigos Forever" acabei por refletir também sobre esta questão da amizade, destes laços que parecem afrouxarem-se ao longo do tempo...
Lembrei-me também que logo abaixo do comentário que fiz, acrescentei: "Um dia vamos nos conhecer" e isto levou-me a uma outra lembrança: Um filme, um dos mais belos que assisti, protagonizado por Antony Hopkins; " Nunca Te Vi, Sempre Te Amei."



O filme conta a história de uma amizade virtual (acho que este termo não cabe) pois o relacionamento das personagens estabelece-se via correspondência, ela nos E.U.A, ele um livreiro em Londres, eles trocam correspondência durante anos, e tentam ao longo deste tempo conhecerem-se pessoalmente, no entanto este plano é sistematicamente protelado, até que ela após diversas tentativas frustadas, resolve ir sem avisar, e lá chegando recebe a notícia de que ele faleceu. Então ela caminha pelos corredores da livraria onde de algum modo sempre esteve.
O interessante desta história é que a amizade de ambos não ficou circunscrita apenas a eles dois, mas estendeu-se á família e amigos.


Hoje a vida virtual nos proporciona diversas possiblidades de conhecer pessoas e após algum tempo chamamos de amigos, falamos com estas pessoas quase diariamente (Tenho um bom número de amigos assim) planejo um dia conhece-los, mas alguns destes planos já se frustaram... Este ano planejei conhecer a Lu, também tem a Malu e a Lili, fora outros...
Sinto um aperto no peito de pensar que talvez este dia seja tarde demais...
Se isso ocorrer, quero que saibam: Apesar de nunca ter tocado meus amigos virtuais, eu os amo, alguns destes se fizeram reais e presentes em momentos críticos de minha vida. E foram mais presentes que os ditos "reais".


Á todos vocês muito obrigado por fazerem minha vida um pouco melhor.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A Janela

Abrir a janela é um gesto banal em nossas vidas (afora aquelas pessoas que acostumaram-se a mante-las fechadas) quando abrimos uma janela e nos dispomos a apreciar de fato o que ali esta é impressionante o número de sensações que podem nos invadir.
Hoje dispus-me a abrir de fato minha janela e por ela entrou a brisa matinal (Por vezes esquecida), pude apreciar a chuva suave que caia e perceber que a há muito tempo eu não parava pra ver a chuva, aquele simples gotejar incessante que tem um ruído todo típico...
Ah, a chuva... (chuaaa)...
Após a chuva uns pássaros expressaram toda seu contentamento com a amenização do clima
(Aqui em Manaus é MUITO quente), quando ocorre uma chuva tranquila é mesmo uma felicidade.
Mas não é bem sobre janelas que desejo falar, mas sobre tempo.
Tempo pra apreciar as coisas simples da vida e que perderam-se em nosso cotidiano atribulado.
Quando penso que podemos de fato perder isto tudo...
Quando penso que podemos ser tragados por uma aceleração desesperadora que nos rouba estas pequenas gotículas de pura felicidade: A capacidade de sentir o pulsar da vida, seus sons, aromas e cadências...
Isto tudo misturado que nos faz enlaçados com a vida e não apartados dela.
Proponho que resgatemos estes e outros hábitos simples que compoem nossa vida e nos fazem sentir de fato, VIVOS.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tempo. Que bicho traiçoeiro!





Não acreditei que fiquei mais de dois meses sem publicar nada no Caleidóscópio.
Escrever e apreciar o que outros fazem na blogosfera é algo que sempre mem estimulou muito.
Tudo bem que o "Calê" (Meu bloguinho) não é lá muito visitado assim, ou se é, o povo todo fica na moita...rs
Para os que me conhecem a algum tempo, sabem que sou uma pessoa muito ativa e por conta disto, estou tendo dificuldades em administrar meu tempo, entre diversas demandas.
E por falar neste dupla, tempo e demandas, esta ai um bom tema para trabalharmos em nossos blogs; como fica isso hoje com a correria da vida hem?
O que priorizar? como não perder a graciosidade, ternura e poesia que devem estar presentes em nosso dia á dia (afinal, sem isto, não vivemos, apenas sobrevivemos) pois muito mais que uma existência meramente biologica você e eu também (claro!) queremos uma existência significativa, aquela vida recheada de coisinhas simples mas que nos encantam: Deitar na rede e não fazer nada, brincar com o cachorro,( ou gato, papagaio) tanto faz...rs
Preparar uma refeição diferente, desenvolver alguns hobbys ou resgatar alguns.
Amigos, vou procurar estar mais presente por aqui.
E saibam, todo dia eu penso um cadinho assim em vocês.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Reflexões sobre a dor.


1. Da dor:


A dor da alma pode ser de fato dilacerante e nos fazer sangrar até o
limite da exaustação emocional.


Por que as dores da alma doem muito mais que as físicas?

Por que nos dilaceramos nelas num contínuo sofrer?

Por que não sabemos por limites a isto?

Por que não aprendemos com velhos erros?


Estas e outras questões milhares de pessoas pelo mundo afora se fazem, na tentativa de uma resposta encontrar. E nós aqui nos fazemos as mesmas...


Querida, nós sangramos porque dói, e dói porque nos apegamos e nos apegamos porque pensamos possuir algo.

Esta é a grande verdade, querida: Nós nada possuimos, nem mesmo nossa vida que é frágil tal qual pássaro.

Mas há no coraçao humano uma sede incessante de querer, de desejar continuamente, coisas, títulos, pessoas...


Nós precisamos compreender alguns fatores envolvidos no processo do querer, são eles:



2. Da vontade: No universo creio haver três grandes vontades que nem sempre estão em harmonia:



1.1- Nossa vontade.

1.2- A vontade do outro.

1.3- A vontade universal.


(Que alguns denominam Deus ou outros seres).

Nossa cultura ocidental veicula continuamente a idéia de que "Querer é poder".

Crescemos alimentando esta saga, de que tudo que nossa alma almejar, poderá ser conseguido com algum esforço.


Mas ai descobrimos, tais quais crianças que nem sempre é assim.

Que a despeito de nossos múltiplos e contínuos esforços, as coisas, pessoas e tudo mais nos escapam...

E sobre elas temos poucos e ou nenhum controle, nossa mente cria e projeta continuamente que tudo podemos reverter se assim o desejarmos. Mas tal não se da.

Aprender a lidar com essa "limitação" nos reposiciona á real condição de

humanos.


Se pudermos entender este princípio fundamental, que tem origem na culrura oriental atrás do Budismo, denominado "DESAPEGO", saberemos usufruir de tudo o que a vida generosamente nos concede, sem nos apegarmos e quando estas coisas nos forem retiradas, não nos sentiremos roubados, mas gratos.


3. Da generosidade: Naturalmente que não é fácil compreender e aplicar tais princípios, o desapego a tudo e a todos não é um legado de nossa cultura.


E assim sendo modificar tais padrões pode ser um longo e doloroso processo.


Quando cito GENEROSIDADE, falo da generosidade conoscos mesmos...Isto a princípio pode parecer contraditório, mas não é. Costumamos com alguma frequência sermos generosos com os outros, mas com nós mesmos somos terríveis tiranos.


Seja portanto misericordiosa e generosa consigo mesma querida...

Não se culpe por este estado de coisas, não trace metas demasiadamente altas pra você, não se martirize, não se condene, nem tão pouco se obrigue a uma auto-violência, tentando arrancar a todo custo alguém que muito significou.


E, querida, digo isto com conhecimento de causa...Pois passo atualmente por situação bem parecida, aprendendo a lidar com a perda de alguém muito especial.


Portanto, algumas coisas eu não tento mais:


1. Fingir que ele nada significa pra mim.


2. Mentir pra mim mesma dizendo que não me importo.


3. Maquiar minhas emoções, quaisquer que sejam elas.


É preciso de certo modo, vivenciar o luto, através de seus diversos simbolismos: As canções, filmes, fotografias, imagens, locais... É um "lamber feridas"...

Um processo lento, doloroso, contudo necessário, mas que alguns negligenciam ou querem pular etapas, garanto que esta encenação de que tudo vai bem é vão...

Não se apaga um grande amor de um dia para o outro, você ainda vai ve-lo em muitos lugares, ver literal e subjetivamente e deverá aprender a lidar com isso.

3. Da nossa vontade: Como citado anteriomente, nossa vontade não é imperativa como acreditamos, ela choca-se eventualmente com a vontade do outro bem como a vontade universal.


Se não vejamos:


A vontade do outro: O amor que apregoamos não é um pacote único, ele tem pré-requesitos outros que nosso mero desejo de possuir o outro. Ele pressuem respeito, repeito é palavra deveras abrangente. Respeitar alguém e dar-lhe as condições que este precisa para ter vida autônoma, respirar seu próprio ar, fazer suas próprias escolhas.



Não há real amor se não respeitamos de fato o ente amado.


Se o manipulamos segundo nossos desejos e vontades, naturalmente que muitos de nós fazemos isso de forma recorrente, pra nossa vergonha e culpa.


Mas ao entender que o outro por mais especial que seja não tem a responsabilidade de nos fazer felizes, ai, entendemos que colocar sob os ombros de outro ser, ainda que este seja deveras especial, tal fardo, é absurso, cruel e injusto.

Se alguém conosco esteve por breve ou longo período e decidiu ir embora, o que podemos nós fazer? Fechar as portas? amarra-lo? ameaça-lo?


Nada disso funcionará e ainda causará enorme abismo apagando tudo de bom que outrora tiveram.


Sei que nada disto é fácil, que dor é imensa, que as palavras por vezes pouco ou nada significam, contudo, se o amas, largue-o.Largue-o de fato e de direito, permita-lhe que alçe seu vôo...


Se assim ele o deseja, creia-me querida: Não há nada tão nobre, generoso e grandioso que permitir liberdade a quem se ama.


4. Da vontade universal: Costumo dizer que existe mesmo uma vontade universal, que embora o homem seja senhor do seu destino, ele por vezes despara-se com forças outras, que não as suas...



São coisas que escapam ao nosso controle e sobre elas temos pouco e ou nenhum domínio.

O Universo é dinâmico, tudo é movimento, um contínuo "FLUIR"...Comparo a vida e tudo o que temos a um rio... Se permitirmos que ele siga seu curso naturalmente, nossa vida será continuamente renovada, mas se ao contrário, impedimos de algum modo esse fluir, a água estagna-se, empossa e por fim adoece... Segundo Heráclito, um dos primeiros filósofos gregos, a vida é tal qual um rio... E para ele nenhum homem poderia jamais banhar-se duas vezes no mesmo rio, ainda que aparentemente o homem e o rio fossem os mesmos, pois após banhar-se uma vez, segundos após, uma pequena e impercepitível mudança teria ocorrido no rio...e também no próprio homem. Isto deve-se a dinâmica universal que tudo altera a todo instante...Isto é fato, não há o que questionar...


Nossa matéria é efêmera, tudo passa, muda ligeiramente...

E as pessoas que não sabem, não querem ou não podem lidar com ela, recalcitrarão muitas vezes em suas dores...

É preciso entender este movimento da vida que muito trás e muito também leva...


Entender que nossas conquistas são todas elas temporárias...

Que nada, nem ninguém nos pertence.

Que tudo é breve...

Que sob nada temos controle...Que somos seres limitados no tempo e espaço...


E assim sendo, cabe-nos apenas a posição primeiro de gratidão: Ao entender que fomos gentilmente agraciados com pessoas especiais em nossas vidas, ainda que por breve período. Depois atitude de humildade: Pra entendermos que aquilo nos foi concedido e assim como veio se foi...


Ao compreender e aceitar humildemente estes princípios, talvez estejamos pronto pra viver a vida e seu devir em plenitude...

Valorizar cada momento como se fosse o único ( E ele de fato é!) Apreciar cada pessoa em sua singularidade.Respeitar a si mesmo e aos outros.



IMPORTANTE: Este texto foi redigido em acoselhamento á uma moça membro da comunidade que lidero: Clínica da Alma.






















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