quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Reflexões sobre a dor.


1. Da dor:


A dor da alma pode ser de fato dilacerante e nos fazer sangrar até o
limite da exaustação emocional.


Por que as dores da alma doem muito mais que as físicas?

Por que nos dilaceramos nelas num contínuo sofrer?

Por que não sabemos por limites a isto?

Por que não aprendemos com velhos erros?


Estas e outras questões milhares de pessoas pelo mundo afora se fazem, na tentativa de uma resposta encontrar. E nós aqui nos fazemos as mesmas...


Querida, nós sangramos porque dói, e dói porque nos apegamos e nos apegamos porque pensamos possuir algo.

Esta é a grande verdade, querida: Nós nada possuimos, nem mesmo nossa vida que é frágil tal qual pássaro.

Mas há no coraçao humano uma sede incessante de querer, de desejar continuamente, coisas, títulos, pessoas...


Nós precisamos compreender alguns fatores envolvidos no processo do querer, são eles:



2. Da vontade: No universo creio haver três grandes vontades que nem sempre estão em harmonia:



1.1- Nossa vontade.

1.2- A vontade do outro.

1.3- A vontade universal.


(Que alguns denominam Deus ou outros seres).

Nossa cultura ocidental veicula continuamente a idéia de que "Querer é poder".

Crescemos alimentando esta saga, de que tudo que nossa alma almejar, poderá ser conseguido com algum esforço.


Mas ai descobrimos, tais quais crianças que nem sempre é assim.

Que a despeito de nossos múltiplos e contínuos esforços, as coisas, pessoas e tudo mais nos escapam...

E sobre elas temos poucos e ou nenhum controle, nossa mente cria e projeta continuamente que tudo podemos reverter se assim o desejarmos. Mas tal não se da.

Aprender a lidar com essa "limitação" nos reposiciona á real condição de

humanos.


Se pudermos entender este princípio fundamental, que tem origem na culrura oriental atrás do Budismo, denominado "DESAPEGO", saberemos usufruir de tudo o que a vida generosamente nos concede, sem nos apegarmos e quando estas coisas nos forem retiradas, não nos sentiremos roubados, mas gratos.


3. Da generosidade: Naturalmente que não é fácil compreender e aplicar tais princípios, o desapego a tudo e a todos não é um legado de nossa cultura.


E assim sendo modificar tais padrões pode ser um longo e doloroso processo.


Quando cito GENEROSIDADE, falo da generosidade conoscos mesmos...Isto a princípio pode parecer contraditório, mas não é. Costumamos com alguma frequência sermos generosos com os outros, mas com nós mesmos somos terríveis tiranos.


Seja portanto misericordiosa e generosa consigo mesma querida...

Não se culpe por este estado de coisas, não trace metas demasiadamente altas pra você, não se martirize, não se condene, nem tão pouco se obrigue a uma auto-violência, tentando arrancar a todo custo alguém que muito significou.


E, querida, digo isto com conhecimento de causa...Pois passo atualmente por situação bem parecida, aprendendo a lidar com a perda de alguém muito especial.


Portanto, algumas coisas eu não tento mais:


1. Fingir que ele nada significa pra mim.


2. Mentir pra mim mesma dizendo que não me importo.


3. Maquiar minhas emoções, quaisquer que sejam elas.


É preciso de certo modo, vivenciar o luto, através de seus diversos simbolismos: As canções, filmes, fotografias, imagens, locais... É um "lamber feridas"...

Um processo lento, doloroso, contudo necessário, mas que alguns negligenciam ou querem pular etapas, garanto que esta encenação de que tudo vai bem é vão...

Não se apaga um grande amor de um dia para o outro, você ainda vai ve-lo em muitos lugares, ver literal e subjetivamente e deverá aprender a lidar com isso.

3. Da nossa vontade: Como citado anteriomente, nossa vontade não é imperativa como acreditamos, ela choca-se eventualmente com a vontade do outro bem como a vontade universal.


Se não vejamos:


A vontade do outro: O amor que apregoamos não é um pacote único, ele tem pré-requesitos outros que nosso mero desejo de possuir o outro. Ele pressuem respeito, repeito é palavra deveras abrangente. Respeitar alguém e dar-lhe as condições que este precisa para ter vida autônoma, respirar seu próprio ar, fazer suas próprias escolhas.



Não há real amor se não respeitamos de fato o ente amado.


Se o manipulamos segundo nossos desejos e vontades, naturalmente que muitos de nós fazemos isso de forma recorrente, pra nossa vergonha e culpa.


Mas ao entender que o outro por mais especial que seja não tem a responsabilidade de nos fazer felizes, ai, entendemos que colocar sob os ombros de outro ser, ainda que este seja deveras especial, tal fardo, é absurso, cruel e injusto.

Se alguém conosco esteve por breve ou longo período e decidiu ir embora, o que podemos nós fazer? Fechar as portas? amarra-lo? ameaça-lo?


Nada disso funcionará e ainda causará enorme abismo apagando tudo de bom que outrora tiveram.


Sei que nada disto é fácil, que dor é imensa, que as palavras por vezes pouco ou nada significam, contudo, se o amas, largue-o.Largue-o de fato e de direito, permita-lhe que alçe seu vôo...


Se assim ele o deseja, creia-me querida: Não há nada tão nobre, generoso e grandioso que permitir liberdade a quem se ama.


4. Da vontade universal: Costumo dizer que existe mesmo uma vontade universal, que embora o homem seja senhor do seu destino, ele por vezes despara-se com forças outras, que não as suas...



São coisas que escapam ao nosso controle e sobre elas temos pouco e ou nenhum domínio.

O Universo é dinâmico, tudo é movimento, um contínuo "FLUIR"...Comparo a vida e tudo o que temos a um rio... Se permitirmos que ele siga seu curso naturalmente, nossa vida será continuamente renovada, mas se ao contrário, impedimos de algum modo esse fluir, a água estagna-se, empossa e por fim adoece... Segundo Heráclito, um dos primeiros filósofos gregos, a vida é tal qual um rio... E para ele nenhum homem poderia jamais banhar-se duas vezes no mesmo rio, ainda que aparentemente o homem e o rio fossem os mesmos, pois após banhar-se uma vez, segundos após, uma pequena e impercepitível mudança teria ocorrido no rio...e também no próprio homem. Isto deve-se a dinâmica universal que tudo altera a todo instante...Isto é fato, não há o que questionar...


Nossa matéria é efêmera, tudo passa, muda ligeiramente...

E as pessoas que não sabem, não querem ou não podem lidar com ela, recalcitrarão muitas vezes em suas dores...

É preciso entender este movimento da vida que muito trás e muito também leva...


Entender que nossas conquistas são todas elas temporárias...

Que nada, nem ninguém nos pertence.

Que tudo é breve...

Que sob nada temos controle...Que somos seres limitados no tempo e espaço...


E assim sendo, cabe-nos apenas a posição primeiro de gratidão: Ao entender que fomos gentilmente agraciados com pessoas especiais em nossas vidas, ainda que por breve período. Depois atitude de humildade: Pra entendermos que aquilo nos foi concedido e assim como veio se foi...


Ao compreender e aceitar humildemente estes princípios, talvez estejamos pronto pra viver a vida e seu devir em plenitude...

Valorizar cada momento como se fosse o único ( E ele de fato é!) Apreciar cada pessoa em sua singularidade.Respeitar a si mesmo e aos outros.



IMPORTANTE: Este texto foi redigido em acoselhamento á uma moça membro da comunidade que lidero: Clínica da Alma.






















Ás vezes.



Carta poema, a quem interessar possa...
Um dia, após ver uma linda cena de um fime que muito comoveu-me, disse a quem muito amo e admiro: " Como é possível? Como é possivel, que as mãos que compoem uma música e tiram tão belo som de um instrumento, possa ser em potencial as mesmas mãos que matam e destroem?
"Esta pessoa amada, em silêncio ficou, eu apenas verti uma pequena lágrima que nem mesmo sei se tal pessoa viu...
Porque esta carta poema? Muitos perguntarão...

Porque hoje após perder algumas de minhas preciosas horas com um total estranho,que insiste em acusar-me do que deverás não sou...
Confesso, após toda esta labuta, eu vim ao meu profile, pra colocar uma fotinha minha e alguns de meus amigos sempre reclamaram que minhas imagens embora belas não retrataram quem eu era... e minhas fotos de stúdio demonstravam uma Betânia de pele perfeita demais, maldito ou bendito efeito fotográfico...
Eu pensei: Hoje quero colocar a minha mais real foto, aquele que revele bem mais do que tenho revelado, aquela que desnude de vez esta mulher de admirável argumentação...E rodando em meio ás fotos, vi esta, que revela quem de fato é esta amiga que vos fala: Apenas e tão somente uma menina, num corpo de mulher de 39 anos...(Que completarei em 12.07, mandem meus presentinhos...rs

Eu sou apenas isto, uma menina, muitas vezes tola, infantil, ingênua, mimada, birrenta mesmo...
Resolvi fazer uma piadinha com minha própria foto e logo em seguida, deparei-me com um depoimento que uma linda criança de dez anos fez pra mim...
Eu confesso, eu não tinha lido na íntegra...(Me desculpe querida)...
Mas suas simples e generosas palavras, comoveram-me e então pensei:
Alguns conhecem-me em plenitude...Alguns sabem quem é a Beta, Bet, Bê, menina disfarçada de mulher...
É queridos, sou uma menina sim e todos que caminham comigo veêm por vezes esta menina sorrir ou chorar...
Colo pedir, beicinhos fazer...Ridículo, pode ser...
Há muitas coisas no mundo ridículas...E no entanto, simples e belas...

Sei que bem poucos lerão esta laudas virtuais...

Nem sei mesmo quem além de meus loucos, sinceros e pacientes amigos leria isto...
Contudo eu escrevo, como desabafo, como lenitivo...
Por diversas vezes entrei em crises por não saber lidar com tal instrumento virtual...
Porque meu velho pai, homem simples e sem formaçao acadêmica, ensinou-me valores eternos, entre eles a honra, a lealdade e sinceridade.
Cresci assim, sofrendo as amargas consequências de ser sempre eu mesma...
De negar-me a mentir e ou omitir fatos...
Quando lembro de tudo que sofri por ser assim, eu por vezes culpo meu velho pai...
Que parece ter-me dado uma formação pra outro planeta...
E por vezes, mesmo com muitos amigos...Sinto-me um peixe fora dágua...

Parece que minha gana de verdade sobrepoem-se á tudo mais e eu...
Que mesmo sabendo jogar, que algo sei de estratégias e sutilezas...Nego-me á jogar...Opto sempre por ser sincera...
Mas a cada dia que se passa eu percebo que é muito dificil lidar com tal mundo virtual...
E eu que uma vez exclui minha conta de orkut por não saber com isto lidar...
vejo-me como que diante de tal dilema novamente...
As pessoas mau suportam alguém sincero na vida real, imaginem na virtual...
Onde a tela fria nos resguarda...
Onde através dela podemos ferir e fazer sangrar um semelhante...
Sim, queridos, palavras ferem...
Mesmo aquelas não ouvidas, apenas lidas...
Mesmo aquelas proferidas por um total estranho...
Palavras são como ácido derramado...



Palavras têm poder...
Palavras podem nos fazer sangrar e quiça, morrer...
Este é apenas um desabafo de uma mulher ridícula que mesmo ás portas dos quarentas anos não sabe conviver com nada disso...
Não sabe ser de outro jeito...
Não sabe ter uma couraça protetora...
Não sabe entender porque alguém a quem nada fiz...Tem-me lançado inflamados dardos...
Não peço muito, peço apenas a verdade...
Embora a verdade neste caso:Seja tudo.



Sem mais.

(Resposta a algumas acusações anônimas dirigidas á mim, na Clínica da Alma)

O valor do tempo.


O tempo: Estes segundos que aqui perdes diante desta fria tela...
O que tens feito com teu tempo?
Como tem administrado tuas 24 horas?
Tens sido tu um bom mordomo?
O tempo é precioso, não resgata-se...
Onde você o investe?
Tens avaliado onde tuas horas escorrem?
Em quantas vãs discussões?
Em quantos estúpidas atividade que nada de bom acrescentam?
Bendita translaçao e rotação,que converte dias em noites..
Que mostra-nos quão frágeis e insignificantes somos...

Poeira do úniverso...
Carne putrefada após 24 h...
Nossos mais caros perfumes, não disfarçariam nossa podridão do corpo e da alma...
Os mais altos pódium não escoderiam nossa pequenês...
Queremos ser tanta coisa e nada somos...
Somos meros tubos ambulantes que comem e defecam...
Dormem e acordam...

Nascem e envelhecem...
Nossos órgãos vitais não resistem a mais que setenta anos intensamente vividos...
Contudo a vaidade humana é algo deveras patético: Pois dito foi a esta criatura de carne e osso, que ela poderia ser o centro do mundo...
Não respondemos ainda as mais simples questões existenciais e queremos medir forças com o universo...
Queremos ser sábios, mas nem nosso dia sabemos administrar...
Queremos que nossas vãs e frágeis filosofias nos salvem...
Nada poderá nos salvar...

Nada salvará este minúsculo homem que pensa ser deus...
Ele que nem um litro de sangue poderá perder...
Que não pode nem mesmo dizer que estará vivo amanhã...
Ele, eu,você... Tão senhores de nós mesmos...
Que construimos máquinas e fórmulas...
Teorias e artes...
Nós que feitos de efêmera matéria...

Pó.
Simplesmente PÓ...
Pó lançado ao vento, ou alimento de tapurus...
Nós que vivemos uma vida meramente biológica achamo-nos grande coisas...
Mas no fim, nós somos alimento de tapurus ou adubo pra o pasto...
Que grande piada somos nós...
Às vezes há grandeza do calar...
Às vezes não adianta buscar respostas...
Às vezes é melhor resignar-se, sentar-se e esperar...
Esperar as próximas 24 horas...
Enfim, render-se.

(Da realidade de nossa efemeridade...)

Aspectos fundamentalistas das religiões.




Questões pertinentes q podemos comentar, espero com alguma maturidade e prudência.Os dez aspectos da postura fundamentalista nas religiões:



1. Busca de poder e controle do estado laico, dizimando os diferentes.

2. Censura ao que é visto, lido, sabido e pesquisado nos vários conhecimentos.

3. Impossibilidade de diálogo e de aceitação de críticas filosóficas e científicas.

4. Uma leitura literal dos textos sagrados de suas religiões, sem qualquer debate.

5. Um estreitamento da concepção da sexualidade humana, acabando na "reificação" da mulher e no controle aversivo do feminino. (no islamismo, além do que sabemos da repressão à mulher, em muitos lugares extirpa-se o clitóris como um ostensivo repúdio ao prazer da mulher e ostentação do poder masculino. Vemos a onda moralista trazida pelas seitas evangélicas, condenando todo tipo de grupo minoritário, como os homossexuais, sem sequer perguntarem pela ciência ou pela própria questão humanitária).

6. Uma retórica agressiva que ataca a racionalidade e exige obediência cega. (É impressionante a oratória agressiva e passional, pondo cegueira à razão, de todas as pregações de pastores das seitas, principalmente através dos meios de comunicação.)

7. O manusear dados, evitar perguntas claras que questionam, o fugir à apresentação de dados inequívocos, quando estes questionam as afirmações da pregação; o ludibriar o pensamento fundamentado e logicamente correto. (normalmente o fazem apenas reafirmando os dogmas e apelando para as doutrinas de sua religião, onde não pode haver qualquer dúvida, questionamento ou re-intepretação.

8. O desenvolvimento de comportamentos paranóicos, onde tudo o que questiona é visto como perseguição ao indivíduo ou àquele grupo religioso.

9. O desejo tácito de culpar os questionadores como neo-inquisidores.

10. A proibição, no seu meio, cada vez mais freqüente, de entrar em contato com grupos diferentes. (isto acentua marcadamente o primeiro item, agora na esfera familiar, de busca de poder e controle)

IMPORTANTE: Texto de autoria do Pe. Sílvio Pilon, psicólogo e amigo pessoal.

CETICISMOLATRIA. Temos esta prática?




Está nascendo uma nova modalidade de idolatria: a ceticismolatria, que obviamente se distingue do ceticismo.O verdadeiro ceticismo pesquisa todos os lados.O “ceticismólatra” investiga apenas o lado que lhe interessa.

O verdadeiro ceticismo não expõe sua opinião… apenas mostra os dois lados, devidamente investigados, aponta os pontos certos e errados, aceita todas as evidências e as investiga, considera o bom senso como peça importante de seu estudo e as pessoas fazem seu próprio julgamento

.O “ceticismólatra” diz: eu estou certo, vc está errado! Tá aqui as provas… (e a partir daí descreve suas teorias, filosofias etc tentando convencer, não quem não tem opinião, mas tentando “converter” os que já possuem sua própria opinião.O ceticismo é importante. É o ponto de partida de qualquer investigação. Devemos duvidar sempre! Julgar, nunca!Ter opinião, duvidar, questionar, tudo isso é válido. Mas temos que nos conter da nossa quase incontrolável vontade de atropelar o que os outros pensam e assim, desrespeitá-los!”



IMPORTANTE: Este texto foi pego na internet, mas por decuido não lembro a fonte, se blog, orkut ou mesmo site. Tentarei ser mais cuidadosa.

Lágrimas apenas


Meus olhos esperaram todas as lágrimas secar.
Mas tristes versos não cessam .
Há sonhos por sonhar.
E o dia vai raiar, até a tarde chuvosa chegar.
Hoje minha vida em revista passou.
E lembrei todos os versos de quem um dia amou.
Nem um colo hoje peço,
Sou apenas uma sombra confesso.
Prantos não sossegam, atormentam o coração,
Eu nem sei o que ocorreu, neste desvairado dia então.
Sei que hoje, os meus versos, de vinho tintoem amargo regresso.
Palavras, todas juntas,uniram-se e partira-me
e fiquei com as mais tristes,
pra minha dor expressar.

(Quando as lágrimas cessaram)

Trégua


Os primeiros raios surgindo.
Abreviam toda dor.
Meu corpo se exaspera.
Minha alma ainda inquieta.

Perdão peço.
Pelos meus versos de insana agonia.
Estranha.
Estranha noite fria.

E saber que toda dor,
chega enfim o seu limite.
Que aprendiz de toda dor...
ninguém sabe, ninguém diz.

Hoje perdi meu herói,
O homem que guiou-me ao que hoje sou.
Como não poderia sangrar?
Como não gritar por dentro?

Perdão novamente peço.
Pois junto com esta dor.
Meu pequeno homem grande.

Eu fiz isto em sacrificio em agonia.
Numa triste vigilia.
Em compaixão aos que sofrem,
comigo neste dia.

Desconhecidos ou não.
decidi-me a eles juntar-me
e tudo sangrar...
Entender de sua dor.

Eu bem sei que toda dor,
encontra alivio e afeição,
no olhar de quem se ama
e nos toca o coração.

Gritar não posso,exploro as palavras,
As rebeldes palavras trabalharama serviço dos meus versos.
Pra converter em pranto, toda agonia deste verso.

(Término de um relacionamento importante)

Gestos.


(Imagem: Lúcia Pedro)

Pra que servem mesmo nossos gestos?
Afagar um gato... hum, macio.
Colocar o homem que amamos no colo.
Jogar pipoca em nossos irmãos.
Passar o dedo no bolo da mamãe.
Que gestos bonitinhos podem muito mais fazer.
Abraçar um amigo.
Em silêncio ficar.
Dormir de conchinha, só quem fez sabe como é.
Bocejar com seu amor e rir disto.
Andar descalço.
Tomar banho de chuva.

Há gestos salvadores: Tocar de leve o ombro de um amigo.
Limpar um lágrima.
Dividir a pizza.
Calçar os chinelos da mamãe.
Passar a mão na careca do papai.
Colocar o dedo na boca em sinal de silêncio pra quem ama alguém não acordar.
Com o dedo indicativo, maliciosamente alguém chamar.
As tranças que vovó fazia.
e as linguas mostradas das crianças levadas.
Ah, que lindos gestos evitamos, nos contemos.
O suave beliscões, alguns apertões.
Esfregar a casca suja de bombom na cara de um amigo.
Dividir o guarda-chuva.
Amassar folhas secas.
Chutar latas.

Tocar campanhias também, serve.
Ah, os gestos de nossa infância, e de nossa mocidade.
velhos selos lambidos.
As velhas máquinas de escrever e seus trinsssss... rs, legal.
Por que o novo com o velho não convive?
Porque as palavras os gestos não acompanham?
Porque morremos de amor e os sonhos esquecemos?
Quem disse era errado, uma olhada no jornal do outro da?
Eu gosto de ver os bebê os olhinhos esfregar...
e também o cachorrinho o rabo abanar.
Eu gosto de tudo que pulsa vida...das coisas as mais toscas.

A mãe que bate de leve na mãozinha do filho que roubou um bolo de chuva.
e a pressa danada do papai abraçando a filha.
e também dos dedos indicadores, apontado alguma coisa.
coisa mais linda quando ele nos olha mordendo de leve os lábios.
e quando ela, faz-se brava, mas sorriu escondido, das besteiras que ele diz.
Há todos os gestos, dos mais simples, aos mais belos.
Embalem todos os sonhos, desejos de amar.
Vivam eternamente, em nossa mente nosso olhar.

(Ao aprender que gestos dispensam palavras)

As Palavras.


As palavras...Sorrateiras...
Perversas...palavras...
Todas elas correm depressa...

Gostam de nos abandonar em momentos criticos...
Porque será que as palavras insistem em ser assim?

Quando mais se precisa delas, correm todas para um canto...
Um canto qualquer no coração, e lá ficam quietas...
Sem falar daquelas oprimidas, sufocadas na garganta...
Há também as escorregadias, que não ditas, escorrem junto ás lágrimas...
Ah, palavras, porque é que vocês fogem desta vil forma?
Porque não há uma única de vocês pra se dizer a quem perdeu seu amor?
Pra dizer a quem perdeu o amor de toda um vida?
Pra dizer aquela criança que não existe Papai Noel?
Porque não há uma palavra pra dizer a mãe que perdeu o filho ainda no ventre?
E nem há palavras pra dizer aquela quem o filho adulto enterrou?
Palavras curtas, longas, sonoras ou esquisitas...

Vocês são todas inúteis...Todas vãs e estúpidas...
Vocês são fracas, são pequenas...Não estacam nenhuma dor...
Eu queria nas madrugadas todas me perder...

e me perder e encontrar, na loucura de uma de vocês encontrar.
Qual de vocês, palavras eu usuaria?

Lamento?Calma?Confie?
Ah, palavras odeio todas vocês...
Nem mesmo em conjunto vocês nos acalentam! Malditas!
Eu sinto muito! Me perdoe! Vai passar!
Tenha esperança!
e sua ridicula prima: TENHA Fé!!
Vão a puta que pariu!

Todas vocês palavras débeis!
Morram pressas ás regras da patética gramática!
Talvez em alguns momentos salvem-se os palavrões, eles ao menos não são cínicos nem pretensiosos!
E por vezes aliviam insanas emoções.
Antes que eu me esqueça: Palavras: FODAM_SE!!
Vocês pra nada servem, vis, covardes, cegas!

(Quando entendi que a loucura é a melhor forma de ser lúcido)




Apenas trinta e oito.


Tenho apenas 38 e um coração de menina...
Tenho apenas 38 e um mente em agonia...
Tenho apenas 38 e tanta dor eu já senti...
Por cometer o crime de muito amar...de sincera sempre ser...
Sabe, me perdoem o desabafo...

Mas...É dificil mesmo suportar as punhaladas que a vida nos da...
Talvez eu volte aqui um dia...
Com uma linda e colorida foto...e talvez me espante com tanta dor aqui estampada...
Talvez eu seja louca de toda minha agonia estampar...
Talvez eu seja tola por em heróis acreditar...

Por que eu não tive um pouco mas de loucura apenas...e um emprétimo fazer,pra abraçar quem amo e estava por morrer...
Eu pensei primeiro em saldar dívidas e ser um pouco racional...e embora minha mãe dissese que eu devia esta loucura cometer...
Quem nasce pobre num pais chamado Brasil, aprende fácil a se resignar e engolir não apenas um, mas dois, três, trezentos sonhos...
Por que não pode loucuras, extravagâncias cometer...
Há que sempre se racional e todo sonho esquecer...

Eu que sempre fui boa filha, boa amiga e tudo mais...
Fiz tudo tão certinho e sinto que a vida me passou a perna...
Sinto-me deverás enganada...
Eu devia ter cometido todas as loucuras que minha mente pensou....
Nem devia ter deixado pra mais tarde aquilo que tinha de ser dito, feito.
Falado,
As vezes penso que meu erro foi amar demais...

Estudado demais, ser séria demais...
As vezes penso que perdi horas preciosas especulando e pouco realizando...
Penso que deveria ter dito mais palavrões e mandado ás favas todos aqueles que me aborreceram...
Mas a minha polidez e meu verniz civilizatório, nada disso permitiram...

Devia ter tomado todos os porres que desejei...
Devia ter tomado mais banho de chuva...
Cometido todos os erros...
Porque minha vida sempre tão certinha...Foi um grande picadeiro...
Onde eu fui eu fui artista e platéia, e a mais triste menina...que viu pela janela a sua vida passar...achando ser correta a todos não magoar...
(Quando da impossiblidade de visitar meu segundo pai em leito de morte)

É preciso tanta dor?



Inicio pedindo perdão,porque hoje as palavras talvez sejam fortes demais e delas não me arrependerei...
Há pessoas que dizem neste instrumento virtual nunca se expor.
Eu hoje quero sangrar e verter toda a dor...
Há quem diga e acuse-me de ter feito deste blog, um espaço, uma vitrine de minha dor e agonia...
Talvez estejam certos amigos e eu nem me importo mas...alías, eu nunca me importei...
Não me importo mas com rótulos de nenhum tipo...

Hoje duas pessoas de minha vida foram levadas numa única noite...
Um se foi com alma viva, embora o corpo sôfrego...
Outro em corpo sã e alma a arder em chamas...
Eu que sempre autêntica fui, hoje ainda mas serei...e isso quem não puder suportar que deste espaço saia mesmo...

Pois ao meu lado, quero apenas os humanos...
Aqueles que se permitem sangrar e nenhum dor anestesiar...
Não pra dizer quanto sofrem mas...Para chegar aqui pedindo colo...
Eu sei amigos, que nós estamos deveras loucos...Pra neste mundo virtual um colo encontrar...
Talvez eu seja a maior louca, que ousou acreditar...
Num mundo belo onde os humanos são humanos se vestem de heróis pra os sonhos conquistar.

(Momento de extrema dor e revolta)



Simbologia das borboletas.



Em mitologia grega, Psique foi representada em arte com asas de borboleta. Está em toda parte a alma aerotransportada a lagarta que emerge de seu casulo, transformada de um ser inexpressivo a uma entidade aérea, é a metáfora clássica.

Culturas diversas olharam na Borboleta como um símbolo de transformação e regeneração em outros povos as almas eram levadas pela Borboleta da terra para céu, ou em alguns casos era acreditado que era as almas que estavam voltando a terra.

Deusas borboleta emergiram em lugares como como Minoan Crete e Toltec no México acreditavam que algumas destas deidades eram a personificação de certas borboletas, e foi considerado como símbolos de beleza, amor, flores, e os espíritos do morto também eram vistas como os protetoras das mulheres que morreram em parto e guerreiros que morreram em batalha uma das deidades da Borboleta no México antigo era a deusa guerra.

No Japão, a Borboleta, pronta para voar significa estar livre de seu feitiço depois de um longo no casulo ja com esparramando sua marca asas novas, é um símbolo popular para meninas jovens representa emergindo da beleza, com a intenção a considerar mudança jovial, não traumática muito comum nessa fase da vida.

Os indígenas americanos as tem como um emblema de orientação em mudança.Na China, é ainda um símbolo popular de felicidades matrimoniais e harmonia conjugal.

Na Alemanha, o avistar de uma borboleta pode ser considerada como um prenuncio de nascimento.As borboletas na cultura Maya descrevem como espíritos dos mortos se disfarçar quando retornam à Terra.Dizem que está vindo chuva no oeste da Pensilvânia quando a “Chrysalis” (espécime de borboleta) paira sobre as partes inferiores dos ramos.Borboletas também podem representar abundância.

Os índios Navaho e Apaches e até tribos da pré-históricas no México associavam a imagem das borboletas a colheita de verão. Os Hopi “Clan Borboleta” possuíam uma dança cerimonial chamada "Bulitikibi”, ou Dança da Borboleta, como um apelo para que os deuses lhes dessem uma boa colheita.Borboletas foram também conhecidas como o símbolo das bruxas, devido à sua inerente capacidade transformadora e da magia. Os Sérvios vêem a borboleta como a alma de uma bruxa porque muitos anjos medievais possuíam asas de borboleta, em vez de penas.



IMPORTANTE:


Alguns grupos religiosos, tomam a borboleta como simbolo Nova Era, e a ela emitem juízo de valor, contudo á nós cabe julgar.
Pessoalmente considero a borboleta como símbolo de renovação não a associando a nada mais que isto.
Em se tratando de simbologia, cada cultura assimila o símbolo de uma forma, e isto remonta á mitologia e ou a tradição oral de cada grupo social.
Portanto convém a cada um conhecer todos os significados possíveis e apreender aquele que lhe é peculiar e que lhe fala á alma de alguma forma.


Abraços á todos.


Betânia

Menina má.


Menina má...
Eu pensei em escrever uma cartinha pra Papai Noel, mas lembrei-me q sou menina má...
Eu não creio mas em sonhos e nem inventores de sonhos...
Não creio no colorido das luzes, nem nos natais...
Não posso mais sonhar...
Apenas caminhar...
Eu caminho na chuva, pq ela dissipa minha lágrimas...
E olho sempre pra baixo, pq assim não tropeço mais...
Passei a falar pouco e moderar minha alegria...
Posso vir a precisar dela um dia...
Joguei fora todos os sonhos de mulher e por fim sufoquei a boa menina que um dia em mim viveu...
Caminharei sempre sozinha,
Tendo a chuva companheira...
Eu nunca me perdoei p. ser estupidamente crédula e sonhadora...
E por ter entregue meu coração para ser prensado e destruido...
Minha cartinha ao bom velhinho, nao pode mas seguir...
Noel é de fel,
Ao menos pra mim...
E as luzes do natal, cegam meus olhos chorosos...
Perdão não mas peço...
Apenas eu fui a culpada...
P. ousar sonhar...
Siga bom velhinho e leve todas as luzes deste natal...
Deixe-me com minha cartinha em minhas mãos...
Eu a jogarei em algum lugar destes caminhos...
E a chuva a arrastará então pra algum bueiro, onde dela
não se tomará conhecimento então...
Feliz Natal, Papai Noel...
Ho ho ho...
Eu canto em silêncio minha dor...

By Maria Betânia.


(Produzido em momento crítico de minha vida)
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