sábado, 18 de julho de 2009

A águia e galinha.


Quando entrei em contato com este texto, fiquei encantada com sua simplicidade e magia
e especialmente com a forma com que ele nos fala ao coração, pois para muitas pessoas com a auto-estima comprometida acreditar em seu potencial e valor pode ser desafiador.
Por vezes parecemos esquecer que somos criaturas divinas, um máquina perfeita que contempla inclusive uma alma...

A águia e galinha

“Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro para mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e ração própria para galinhas. Embora a águia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.

Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista. Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:
- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato – disse o camponês. É águia. Mas eu a criei cimo galinha. Ela não é mais uma águia. Transformou-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensão.

- Não – retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem um coração de águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.
- Não, não – insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.
Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:
– Já que de fato você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!


A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.O camponês comentou:– Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!– Não – tornou a insistir o naturalista.

Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurou-lhe:
– Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!Mas quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o chão, pulou e foi para junto delas.O camponês sorriu e voltou à carga:– Eu lhe havia dito, ela virou galinha!– Não – respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.


No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava os picos das montanhas.O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:– Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra as suas asas e voe!A águia olhou ao redor. Tremia como se experimentasse nova vida. Mas não voou.

Então o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, para que seus olhos pudessem encher-se da claridade solar e da vastidão do horizonte.
Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou… voou… até confundir-se com o azul do firmamento…”


E Aggrey terminou conclamando:

- Irmãos e irmãs, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. E muitos de nós ainda acham que somos efetivamente galinhas. Mas nós somos águias. Jamais nos contentemos com os grãos que nos jogarem aos pés para ciscar.

2 comentários:

Bronca no Trombone disse...

Amiga, eu penso, ajo e sou tratado como uma galinha, mesmo sabendo, por meio dos amigos mais queridos, que sou uma águia. O problema é que não consigo "vestir a roupa de águia" e me acomodei sendo galinha... Bela história!

Maria Betânia disse...

Você se reconhecerá como águia em contato com outras, procure estar mais junto a elas e evite as galinhas...

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