sexta-feira, 24 de julho de 2009

Abrindo mão.




Uma fonte constante de frustação e angústia é
nosso hábito de muito esperar das pessoas.
De nos atrelar-mos a elas de tal modo que as atitudes
alheias, facilmente nos atingem, neste texto de
Epicteto, podemos vislumbrar uma lição elementar
que muitos de nós demoramos a aprender:
Poucas coisas estão sob nosso controle.
Enquanto não aceitarmos tal fato, prosseguiremos
frustados com fatos sob os quais não temos controle algum, e ironicamente, negligenciamos exatamente as poucas coisas sob as quais podemos exercer controle:
Nossas emoções, por exemplo.
O estudo no campo das emoções revela que esta é a área
de maior dificuldade pra todos nós, pois a educação recebida tanto em casa quanto na escola, não contempla
a educação emocional,somos preparados pra tudo, menos pra lidar conosco mesmo, especialmente com as frustações, e nossa cultura privilégia a preparação para
o sucesso.
Mas, e quanto ao insucesso?
E quanto ás dezenas de nãos que a vida nos reserva?
Se crianças podemos bater os pés e choramingar.
Mas tal conduta quando adultos não é nada aceitável.
E prosseguimos assim, analfabetos emocionalmente. Termo usado no
livros que li e admiro pela pertinência e seriedade
é " Inteligência Emocional" de Daniel Goleman, onde ele
explica sob o ponto de vista fisiológico e social o que é emoção, qual sua função e como administra-la.

As nossas dependências


Coisas há que dependem de nós - e outras há que de nós não dependem.


O que depende de nós são os nossos juízos, as nossas tendências, os nossos desejos, as nossas aversões: numa palavra, todos os actos e obras do nosso foro íntimo.


O que de nós não depende é o nosso corpo, a riqueza, a celebridade, o poder; enfim, todas as obras e actos que de maneira nenhuma nos constituem.


As coisas que dependem de nós são por natureza livres, sem impedimento, isentas de obstáculos; e as que de nós não dependem são inconsistentes, servis, susceptíveis de impedimento, estranhas.


Tem em mente, portanto, o seguinte: se avalias livre o que por natureza é servil, e julgas decente para ti o que te é estranho, sentir-te-ás embaraçado, aflito, inquieto - e em breve culparás os Deuses e os homens.


Mas se crês teu o que unicamente é teu, e por estranho o que efectivamente estranho te é, então niguém te poderá constranger, nem tão pouco causar embaraços; não atacarás ninguém, a ninguém acusarás, nada farás contra a tua vontade; prejudicar-te, ninguém te prejudicará; e não terás um só inimigo - e prova disso é sobre ti a ausência de qualquer dano.


Epicteto, in 'Manual'

3 comentários:

Bronca no Trombone disse...

O meu QE (Quociente Emocional) é muito baixo. Eu espero demais das pessoas, que são seres humanos passíveis de falhas como eu, e me frustro quando as coisas não saem conforme eu planejara. Daí, sofro, sendo que podia tirar melhor proveito da situação...

Maria Betânia disse...

André,

Creio que trabalhar a administração de nossas emoções é um dos maiores desafios que precisamos enfrentar, contudo cada conquista nesta área nos faz crer que é possível ser de fato senhor de si mesmo.

Abraços.

Anônimo disse...

não bet deve ter sido erro de script mais obg por me avisar ! seu banner foi recolocado, aproveitando a oportunidade queria pedir pra vc atualizar meu banner !

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