Após degladiar-me 3 vezes tentando montar e (lógico) fazer funcionar esta geringonça!
Vi-me diante de atroz desafio: Monta-lo, ou monta-lo!
Se já não bastasse a humilhação que eu e mais 2 professoras passamos tentando montar
e fazer funcionar dois destes seres sarcásticos!
Foi doado mais um pra mim, e este era Flamenguista (Dizia um de meus pequenos alunos)...
A esta altura eu perguntava-me se aquilo era algo favorável ou não...
Olhei com ânimo e esperanças quase infantil...
Tentei achar uma imagem do desgramado, mas a mais próxima que encontrei foi esta ai.
Diante dos olhares ansiosos de tão curiosa platéia (meus alunos de 2º ano) tentei novamente
faze-lo funcionar! Mas o condenado travou de uma forma tal que parecia rir de minha cara...
A esta altura você pode imaginar minha cara (se conhece-me pessoalmente) por fora tentava
mostrar calma e tran qui li da de dignas de uma monja tibetana, mas por dentro:
Eu ansiava arremessar aquele infeliz e maldito objeto na parede, ou quem sabe DEFENESTRA-LO bem ao gosto de Veríssimo! Maldito!! ( Não o Veríssimo, mas o insensivel objeto que negava-se a colaborar com uma professorinha e seus alunos carentes de lápis devidamente apontados!
Então para não destrui-lo em dezenas de pedaços com minhas delicadas mãozinhas, guardei onde meus olhos não mas o alcançassem, ao menos por uns dias.
Então, hoje, deparei-me com tal ser e resolvi traze-lo para casa!
Completamente decidida a monta-lo e faze-lo funcionar a contento, imaginei no melhor dos meus sonhos passar alguns instantes terapêuticos apontando lápis, (Não ria, caro leitor, posto que há pessoas que mantém dezenas de lápis em suas mesas de estudo e relaxam apontando-os).
Retirei-o da bolsa e o coloquei sobre minha cômoda, e toda otimista peguei todos os lápis "atropelados" móidos, roídos e aflitos por um devido trato.
Espalhei-os sobre a cômoda e pensei: " Vocês logo ficarão lindinhos, aguardem ai!"
Os lápis enfileiram-se, tal qual pacientes á espera de uma consulta...
Não citei que meu otimismo aumentou ao ponto de traze-lo para casa, no momento que como que por magia o famigerado destravou, um aluno ao meu lado teve seus olhos arregalados e brilhantes diante de tão boa vontade de vil objeto!
Qual não foi minha surpresa quando á despeito de seu destravamento, beleza e montagem, o infeliz simplesmente negava-se a apontar os pobres lápis!!
Momentos antes havia recebido um telefonema de meu ex-esposo, e o avisei que estava preparando-me para uma missão, uma questão de honra!
Meus olhos brilhavam diante de tal desafio:
EU E O APONTADOR!
No entanto, apesar de suas poucas peças, elas pareciam desafiarem-me!
Quanta humilhação!
Em plena época da informática, lidando com aparelhos sofisticados e não conseguir
fazer funcionar um maldito apontador manual!
Umas peças caiam, outras emperravam!
Que tormento!
Que agonia!
Ele venceu amigo leitor.
Ele venceu mais uma vez.
E amanhã voltarei humilhada com duas dezenas de lápis avariados...
Espero que nenhuma das crianças indague nada, eu sei que eles sabem que
não sou mulher maravilha, mas consigo algumas proezas (Pra ser professor no Brasil, há que ser
um tipo de artista).
Confesso agora á todas as minhas amigas, professoras ou não.
Que senti uma vontade enorme de chamar meu marido!
Ex, já não sei mas!
Só um homem pra dialogar com tal objeto sarcástico, cruel e indiferente!
Mas, ainda esta semana eles se encontrarão num duelo final.
3 comentários:
Betinha eu ri muito com essa postagem, pois meu irmão tinha dois desses na sua mesa de trabalho e nenhum funcionava.
Um dia, dormia eu em casa de minha mãe, qdo sem sono resolvi sentar na mesa de meu irmão e usar a geringonça, que não funcionou eu eu atirei pela janela do sotão!
Que felicidade!
Oi, Kat, ah, imaginei que vc riria ás pregas desatadas, segundo Machado...rs
Não se preocupe, após um último duelo vou arremessa-lo contra a parede.
Bet... amei! Consegui visualizar passo a passo a sua saga. Você escreve maravilhosamente bem! Obrigada por compartilhar comigo esta delícia. Te amo!!
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