segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Gosto de mãos



Gosto das mãos



Em tudo que posso as ponho...

São elas que ebalam o bebê e preparam a papinha...

São elas que descascam batatas e varrem nossas ruas...

São elas que ornamentam, colorem e enxugam as lágrimas.

Ah, como são belas as mãos que de quem prepara o alimento

Tão belas quanto as mãos que afagam.

Quisera eu acariciar as mãos dos que acariciam.

Ou apertar as mãos daqueles que governam.



Talvez minhas pequenas mãos apertando fortemente as mãos de um

deles pudessem dizer: Cuidado quando usar sua caneta!



As mãos de um bebezinho são lindas demais e tem uma força quando agaram nossos dedos

e nesta hora aquela criança te segurou para sempre...

As mãos calejadas de um operário que ergue casas e habita em barracos.

As mãos que tecem, que pintam...

 
Abençoadas as mãos de um médico competente ou de enfermeiro bondoso.

 
Mãos enrrugdas com tantas histórias pra contar...

 
Mãos que esperam o calor de outras mãos...

 
Mãos que gostam de serem apertadas num cumprimento sincero...


Estas são também as mesmas mãos que espancam...

 
Que dizem não, que se fecham em murros...

Tristes sinais de ódio.

Mãos escondidas, encolhidas, frias, inertes...

Mãos que nada fazem ou constroem...

Apenas apontam os erros de outras mãos...



By Betânia Nobre






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