Perguntava eu a meu bem amado:
Acaso crês tu em almas?
Diante de seu olhar estupefacto, prossegui:
Almas? não as penadas mas almas...
Aquelas (espíritos)...
Silêncio sepulcral. (Desculpem a trágica ironia)
É dificil por vezes conter minha sina atroz por humor mórbido
(Lá vem a exdrúxula combinação de palavras e a maldita ou seria bendita?
prolixidade?...)
Esqueçamos as figuras de linguagens, (se é que estas acaso o são).
Prossigamos.
Não esperava eu tal recepção ter (Um olhar estupefacto e um silêncio sepulcral).
Contudo ele permanecia assim:
Em incômodo silêncio.
Confesso, querido André.
Mas que teu silêncio.
Teu olhar estupefacto inquietou-me.
Teria eu dito alguma tolice?
Uma heresia?
Ou apenas este seria apenas mais um de meus defeitos femininos:
Falar de tudo ao mesmo tempo?
No entanto, minha curiosidade sempre foi muito maior que minha prudência.
E prossegui:
Almas.
Almas antigas?
Espíritos antigos?
Você acha que os espíritos têm idade?
Mais silêncio, mais sepulcros...(Acho melhor desusar esta palavra, ( seria este um neologismo)? ah, parêntesis entre parêntesis! Mas que triste sina esta minha: Prolixidade inerente)
Voltemos pois:
Então ele mais complicou que explicou.
Não foi ruim.
Já que acostumei-me a sacudir pessoas com minhas indagações por vezes inoportunas.
Cá fiquei com meus pensamentos que agora elaboraram as mais díspares e insanas especulações em torno da idade dos espíritos.
Espíritos velhos são mais sábios?
Acaso eles por terem em tese vivido mais, saberiam mais??
Mais, mais dúvidas isso sim!
Triste sina a minha de viver em aporias...
Fiquei de pesquisar o senhor google, mas parecia-me tão impessoal.
Decidi-me então indagar gente comum:
Minha mãe, vó, vizinhos...
Enfim, qualquer um que ajude-me a elaborar tal estranha tese.
E digo estranha por que eu afinal nem espírita sou e com todo respeito á Kardec e seus seguidores: Nem pretendo.
Não é por nada não...
É porque não gosto de estar atrelada a nada.
A mim sempre apeteceu-me o gosto o benefício da dúvida.
Deixemos assim, afinal não aprecio mesmo coisas muito explicadinhas...
Costumo dizer que troco minhas amigas reticências por uma boa interrogação.
E assim prosseguirei.
E afinal você deve estar ai a perguntar-se:
Que raios esta insana busca?
Ensaio pois uma resposta:
Uai, saber se determinas características humanas são inerentes ao meio apenas
ou acaso trazemos nós como dizer? rascunhos...
Se somos rascunhos de uma vida qualquer perdida em algum passado.
O que levou-me a estas indagações?
Nada.
Bem, nada, nada não...
Pensava eu em explicar como um ser nasce tão diferente de sua família.
Como pode alguém pertencer a uma família X e ter características de Y?
Entenderam??
Bem, espero que sim.
De qualquer modo volto aqui e prossigo com esta busca.
Aproveito e pergunto á você:
E pra você, achas que os espíritos teem idade?