quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quando as reticências falam...



Elas não estariam ali se você soubesse ler...
Se você soubesse entender meu silêncio...
Se você não esperasse sempre de mim  a alegria esfuziante ao qual se acostumastes...
Há dias em que estou assim, apenas reticências...
E nestes dias eu não quero discutir nada com você...
Qualquer coisa entre o teu falar e o meu reclamar...
Qualquer coisa que traga o melhor de nós.
Qualquer coisa entre o que eramos e o que fomos...
Reticências, elas estão ali e você não as pode decodificar.
Porque naquela multidão de  palavras, desaprendes a ouvir meu silêncio
e tu não sabes mas o que em mim se passa...
Estou ali e você ver o exterior, estou aqui e você não pode ver...
Não pode ver que em mim, algo silenciou...
e nem todas as tuas eloquentes palavras podem fazer-me voltar.
Ainda riu de tuas piadas, (mesmo as sem graça) mas agora eu queria mais que palavras...
Queria o silêncio eloquente daqueles que não precisam falar para serem compreendidos,
Queria estar  no escuro ao eu lado.
Nada ver.
Nada tocar.
Nem ouvir.
O absoluto e expressivo silêncio.
E nele encontrar você e eu...
E toda essa multiforma que somos, sozinhos ou separados...
Talvez você nunca saiba tudo que as minhas tristes reticências encerarram.
Você não as quer ver...
 E Eu estou aqui...


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