domingo, 15 de julho de 2012

O Monge e o Executivo


O Monge e o Executivo
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Este ano esta sendo de fato atípico, pois decidi que leria alguns livros que foram ficando na lista de espera, ou por falta de tempo  de oportunidade, ou ambas as coisas.
Um livro que de fato foi bastante comentado foi o de James C. Hunter:
“O Monge e o Executivo”, ele veio parar em minha mão quase ao acaso, por ocasião que uma amiga pediu ajuda para uma resenha, tive que Le-lo, a princípio com certo preconceito por tratar-se um livro de “auto-ajuda”,
Termo este que causa um certo arrepio em meio literários mais ortodoxos, contudo inicie a leitura interrompida por algum evento doméstico que retirava-me vez por outra da mais gratificante e calmante atividade: A leitura.
Este livro ajudou-me em algumas coisas: Se não vejamos:
1.     Rompeu  o preconceito com a auto-ajuda.
2.     Fez-me desenvolver a paciência e a disciplina.
3.     Ajudou-me em algumas reflexões necessárias.
Analisar a questão do preconceito:
De fato a auto-ajuda é vista como algo por vezes simplista, uniformizado e raso. Na medida que em que avalia a totalidade e complexidade humanas de maneira rasa e superficial, tentando enquadrar em categorias simples o que é complexo.
Pois como poderia um autor, (não apenas Hunter) mas qualquer outro, pretender em um romance trazer uma fórmula de liderança
Que fosse por assim dizer: Universal á todos?
O livro inicia-se em forma de romance que hora nos envolve, hora entedia-nos, (ao menos eu senti-me assim por diversas vezes) com excessivas descrições ambientais.
Outro ponto negativo foram as “sacadas” cor-de-rosa que são pinceladas com cristianismo ou qualquer coisa que o valha.
Neste aspecto só faria sentido ler aquelas “súmulas” se o leitor
Tivesse uma formação cristã em algum nível.
Hunter cria um modelo de liderança, baseado em grandes líderes entre eles, Jesus, e pauta toda esta teoria de liderança no servir.
Com  um grupo de personagens que exercem alguma forma de liderança nos mais diversos seguimentos sociais( o que me pareceu muita forçasão de barra), a personagem principal: Um monge ex-executivo, tenta desconstruir o velho paradigma de liderança enraizado nas mais diversas corporações.
E trabalhando com o conceito de “servir” ele pauta sua tese, este servir nada mas seria do que identificar e suprir as necessidades de seus liderados.
Neste ponto há algo curioso, pois de fato, apesar desta questão parecer pra lá de óbvia, não são poucos os líderes que negligenciam este aspecto e veem o rendimento de suas equipes comprometidos.
Pois do ponto de vista prático é difícil produzir com eficiência sem o mínimo de condições.
O Autor também discorre sobre a diferença de poder e autoridade o que nos leva a questionar os velhos  conceitos de liderança.
Uma pessoa poder ter poder e ainda assim não ter autoridade em seu grupo, tendo em vista que são conceitos aparentemente similares, e portanto confundíveis.
Segundo o autor a melhor forma de um líder obter autoridade (exercer influência sem coação) é servindo (suprindo as necessidades) o que nos leva á questão inicial de respaldar ou legitimar sua liderança. Pois supõem-se que um líder que fornece ao seu grupo as condições de trabalho, obtém autoridade para cobrar.
(respaldo).
Em seguida ele fala que uma vida ela precisa de um sentido, de uma missão sobre a qual a pessoa sinta que vive ou viveu por algum propósito e não uma mera sobrevivência( ou milhares apenas sobrevivem), como ativar o mode on: “Eu penso, logo...”rs
Enfim, não há tempo aqui em entrar em pormenores filosóficos.
Ele segue afirmando que uma vez de posse deste sentido, desta missão, você precisa ter um comprometimento pessoal consigo mesmo, aborda a questão da disciplina pessoal( fator de comprometimento de muitos projetos, pessoais e profissionais)
E do comprometimento com o grupo, mas o foco principal permanece no líder. Algo, como: “Faça o que é preciso e aguarde”.
Como citei, o livro ajudou-me a ter paciência porque não foram poucas as vezes em que pensei desistir de sua leitura, dado os relatos minuciosos das personagens.
E disciplina porque realmente me determinei a concluir  a leitura, o que no cômputo geral foi de fato proveitoso.


Pontos fortes:
Incita o questionamento de velhos paradigmas.
Induz á reflexão sobre a missão de vida.
Resgata a concepção de unidade entre vida pessoal e profissional.

Pontos negativos:
O formato romanceado é por vezes cansativo.
Os clichês e simplismos o levam a abandonar a leitura.
A mistura e a recorrência ás religiões reduzem o homem á condição de boneco programado.
(Isto foi o que mais desagradou-me no livro) posto que o homem não precisa ou ao menos não deveria precisar de um código de conduta externo orientado por forças superiores, sejam elas quais forem, mas conduzir-se e reger-se por conclusões autônomas.
Mas, isto é tema pra Filosofia. Quem sabe não daria uma boa pauta?

Trecho destacado:

"O ouvir ativo requer esforço consciente e disciplinado para silenciar  toda a conversação interna enquanto ouvimos outro ser humano. Isso exige sacrifício, uma doação de nós mesmos para bloquear o mais possível o ruído interno e de fato entrar no mundo da outra pessoa-Mesmo que por pouco minutos." Pg 82

Autor:
Cópia e reprodução
James C. Hunter é consultor-chefe da empresa J.D. Hunter Associates, LLC, uma empresa estadunidense de consultoria de relações de trabalho e treinamento fundada em 1985. Lastreado nos anos de sua experiência profissional, Hunter, além de consultor, tornou-se também instrutor e palestrante, principalmente na área de liderança funcional e organização de grupos comunitários. Atualmente, ele mora em Michigan (EUA) com sua esposa e filha.




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