segunda-feira, 25 de maio de 2009

Você tem certeza de que entendeu o título do blog?

Munch X Homer

O GRITO. Quadro de Edvard Munch
(Pintor norueguês)

Surpreendeu-me a crítica (construtiva) que recebi de um amigo sobre o nome de meu blog. Segundo ele o adjetivo "insano" esta gasto e caiu no lugar comum.
Após refletir durante um tempo, pensei ser isto possível, quando então elaborei uma "justificativa" e ele indagou:

- Por que você não divulga essa informação?
_ Não julguei nescessária. Pensei estar implícita o conceito de insanidade ao qual refiro-me.

O diálogo prosseguiu por um tempo e serviu pra eu explicasse a razão de ser deste nome para o meu blog.
Minha idéia central era de uma multiplicidade, de sabores, aromas, texturas, uma mistura e por isso o nome
CALEIDOSCÓPIO.
Um caleidoscópio ou calidoscópio é um aparelho óptico formado por um pequeno tubo de cartão ou de metal, com pequenos fragmentos de vidro colorido, que, através do reflexo da luz exterior em pequenos espelhos inclinados, apresentam, a cada movimento, combinações variadas e agradáveis de efeito visual.

O nome "caleidoscópio" deriva das palavras gregas καλός (kalos), "belo, bonito", είδος (eidos), "imagem, figura", e σκοπέω (scopeο), "olhar (para), observar".

FONTE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Caleidosc%C3%B3pio
.

Pensei que apreciaria um substantivo masculino com um adjetivo de igual forma, então surge o termo insano, bom seria o "louco" mas louco parecia pouco sonoro, então INSANO apeteceu-me mais o gosto.

E por que o fascínio pela insanidade?





Creio que a História humana foi em grande parte marcada por conquistas, conquistas estas que não seriam possíveis no "conforto" da comodidade e das certezas, tudo o que a humanidade produziu de bom foi em grande parte fruto da locura, foi assim com Santos Dumont, Einteins, Galileu, foi assim com os visionários, os ditos "loucos", Rotterdam em seu livro: "O Elogio da Loucura" comenta sobre os efeitos libertadores da mesma para a mente e vida das pessoas.

Concluindo: Logo, não é das zonas de conforto que surgem mudanças.
Não são da lucidez burguesa ou dos falsos moralismo que crescemos.
Nós crescemos na dúvida, no ousar, na intrepidez, no questionamento, no protesto, na busca, na contestação e especialmente unimultiplicidade.


"Nada há de mais natural para a Loucura que soprar na trombeta da glória e entoar, em pessoa, os seus próprios louvores.
Quem me descreveria com mais verdade, se ninguém me conhece melhor que eu própria me conheço?"


- "Elogio da Loucura",

Erasmo de Rotterdam

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